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domingo, 22 de janeiro de 2012

RELAÇÕES PROFESSOR ALUNO

Em se tratando do detrimento da pratica de se relacionar é imprescindível o suporte formativo e investigador de experiências vivenciadas na pratica e na postura de profissionais comprometidos com a práxis educativa e com o meio social. Criar uma dimensão solidária, sendo que é na relação com o outro que o sujeito é capaz de atuar na sociedade. O não se relacionar contribui diretamente de uma forma perniciosa para a desumanização e a desconstrução de uma sociedade fraterna.
Segundo Paulo Freire (1992), não há palavra verdadeira que não seja práxis, enquanto ato de criação que procura a conquista do mundo para a libertação dos homens, uma liberdade que só pode ser conquistada com a dialigicidade, enquanto essência da educação. Educar é conseguir que o sujeito ultrapasse as fronteiras que, tantas vezes, lhe foram traçadas como destino pelo nascimento, pela família ou pela sociedade. Hoje, a realidade da escola obriga-nos a ir além da escola. Comunicar com o publico, intervir no espaço público da educação, faz parte do ethos profissional docente. (Nóvoa, 1995). Uma pratica que está à mercê de dilemas pessoais, sociais e culturais e tem como norteador a transformação dos saberes. Papeis que são trocados mediante a pratica utilizada, o desenvolver das ações à frente de um planejamento preparada para um trabalho de auto-reflexão e de auto-análise. Os discentes trazem novas realidades sociais e culturais para dentro da escola, só o professor pessoa ou a pessoa professor é que com a necessária tenacidade e cientificidade do trabalho docente pode elaborar um conhecimento pessoal e utilizá-lo em sua prática.
No tocante Nóvoa (1995), refere se ao conhecimento pessoal dentro do conhecimento profissional escoando a matriz técnica ou científica, para de fato captar o sentido da profissão professor, que se define a partir de referências pessoais. É dentro desse âmbito que cerne a pratica, e todas as implicações da ética profissional no que tange a convivência, e onde se faz necessário um dialogo que aproxime o docente do discente.
“A invasão cultural, caracterizada por manipulação
De conquista, é também uma ação antidialógica,
Alienante e uma forma de dominar cultural e
Economicamente procurando incutir a inferiridade
Intrínseca nos invadidos.” (Freire, 1992,p.179)

A inferência é feita com referência a toda a ação cultural, em oposição à invasão cultural, a forma sistematizada e deliberada de ação que incide sobre a estrutura social para mantê-la ou transformá-la, constituindo se na dialeticidade, ou seja, não basta existir, precisa ser demonstrado. Utilizando os pressupostos da pedagogia progressista caminhando no sentido de propiciar o dialogo entre o educando e o educador, em que possam questionar conceitos dentro e fora das instituições escolares. O ensino deve ser encaminhado de modo que a dialética dos fenômenos sociais seja explicada e entendida além do senso comum, uma síntese que favoreça a leitura das sociedades à luz do conhecimento cientifica tão bem ensinado por Paulo Freire, postura essa que deve ser assumida pelo educador, tendo em vista, a articulação de uma profunda e real transformação da educação brasileira.

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