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domingo, 22 de janeiro de 2012

O EMBATE ENTRE AS INSTITUIÇÕES

Uma instituição que esta a mercê da comunidade a qual esta inserida, ao seu publico alvo, entre outros fatores que acabam por defini-la, que se diverge com realidades diversificadas em diversos níveis, essa mesma formadora da sociedade a instituição escolar. Assim, compreendemos, conforme Moacir Gadotti, que:
“a autonomia se refere à criação de novas relações
sociais, que se opõem às relações autoritárias
existentes. Autonomia é o oposto da uniformização.
A autonomia admite a diferença e, por isso, supõe a
Parceria. Só a igualdade na diferença e a parceria
São capazes de criar o novo. Por isso, a escola
Autônoma não significa escola isolada, mas em
Constante intercâmbio com a sociedade”(1997,
p.47).

A parceira da Instituição escolar com a instituição familiar teria que ser uma constância, pelo ponto em comum, ou seja, a educação e formação da criança no seio familiar e do discente na escola, o que nesse caso seria imprescindível em se tratando da urgência da educação no país. A construção de uma sociedade democrática exige a formação de uma nova cultura que é permeada pela educação e se materializa nas diferentes situações de aprendizagem do sujeito, enquanto individuo político social. A instituição escolar tem um papel e uma função a desempenhar nesta construção.
Além do que a instituição escolar tem uma divisão entre a escola publica e a privada com alguns aspectos comuns e outros diferenciais. Gera se então profissionais da educação com diferenciais tanto profissionais como na perspectiva pessoal. Essa nuance, reflete as maiores mudanças na sociedade, na política, na economia, no social e cultural, um distanciamento entre o prescrito e o vivido. Uma dilatação entre o idealizado como a instituição escolar ser um lugar privilegiado de convivência entre discentes e docentes, e a ampliação de saberes de diferentes naturezas. Um espaço social que valorize a sensibilidade, a criatividade, a ludicidade e a liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.
Conforme Nóvoa (1991), “Aqui reside toda a ambigüidade e toda a importância da profissão docente: agentes culturais, eles são também, inevitavelmente, agentes políticos.(p.123). A instituição escolar estabelece se como um “lócus” privilegiado, na medida em que trabalham com conteúdos, valores, crenças, atitudes e possibilita o acesso ao conhecimento sistematizado historicamente produzido. Cabe aqui ao professor a aplicação desses conhecimentos de forma que o discente se aproprie dos conteúdos, ultrapassando o senso comum de uma maneira crítica, reflexiva e criativa. É aqui que o docente pontua seu papel dentro dessa pretensão, o romper com a cultura escravocrata, clientelista e patrimonialista que embasa a formação do povo brasileiro, e que permeia as diferentes relações no conjunto das instituições sociais.
Esse processo é caracterizado por Schon (1992), como reflexão-na-ação, pois requer do professor uma capacidade de individualizar, uma articulação do seu conhecimento na ação com o saber escolar. Essa autonomia articulada é que permite a vivência de uma prática pedagógica que garante uma identidade própria. É através da participação na gestão democrática do Projeto Político e Pedagógico da escola, que os atores exercitam a formação da cidadania, como por exemplo, nos momentos de tomada de decisão, de escolha e de avaliação.
Uma instância dentro da engrenagem da sociedade que poderá contribuir para a educação em direitos humanos e cidadania, mas ao mesmo tempo, convive com os limites e determinações da própria sociedade, é a instituição escolar. Conforme Philippe Perrenoud (1994), “a necessidade de mudança não se impõe por si própria, tem que ser construída na cabeça das pessoas, por isso uma mudança decidida e planificada não é, ainda uma mudança efetiva” (p.153). O papel do professor é fundamental, uma vez que é o agente mediador entre o conhecimento sistematizado historicamente e o educando enquanto construtor do seu próprio saber. Trabalhar uma nova cultura compreensão de mundo, de sociedade e de individuo, a partir do pressuposto da igualdade de direitos para todos. Na verdade, criar uma contra cultura, no sentido de combater práticas discriminatórias, preconceituosas, de privilégios, de dominação e de desigualdade de acesso aos direitos humanos.

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