O fator família merece uma reflexão especial, situação paradoxal. A família patriarcal engendrava nos filhos segurança e estabilidade afetiva religiosa. Eles espelhavam-se na autoridade dos pais e a partir deles construíam o mundo intenso de valores, de atitudes. As rebeldias da adolescência e juventude não questionavam tal postura básica. Não passavam de momentos passageiros de crise. O paradoxo consistia na positiva segurança de referência e na negativa não necessidade de ser diferente.
Segundo Piaget (1970) o que nos motiva para a aprendizagem são os problemas cotidianos, os fatores desafiantes, os conflitos intelectuais, ou seja, os desequilíbrios constantes que ocorram entre o que conhecemos e o que ainda existe a ser conhecido.
Hoje se desloca o paradoxo em muitas famílias. Desaba a referência dos pais para valores éticos e religiosos, seja por causa do exemplo de separarem-se, seja pela incapacidade que tem de transmitir tradições éticas e religiosas aos filhos. Estes flutuam no vácuo familiar. Obriga-os tal condições dolorosa a assumirem mais cedo o próprio destino. Enfim, são obrigados a serem diferentes de seus familiares.
“A família e, mais especificamente, a educação das Crianças, é mais uma das esferas, regidas por essa grande Lei do liberalismo, sorrateiramente penetre na vida das Famílias, através das representações sociais e produz o maior Problema da educação na atualidade: o problema dos limites.” (Paggi, 2004, pág.144)
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Em vez de se considerar a si mesmo como objeto de manipulação dos adultos, pensa no profundo de si, como liberdade em relação, consciência de si mesmo a ponto de expressá-la de maneira original e própria.
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